Vanderlan Cardoso: “o Estado de Goiás, hoje, é um desafio”

10/09/2014 Notícias, Sabatina
Candidato ao Palácio das Esmeraldas, Vanderlan Cardoso (PSB) abriu a série de sabatinas promovida pela OAB-GO com os quatros principais aspirantes à vaga de governador do Estado de Goiás. O pessebista iniciou defendendo que a experiência como gestor de suas empresas lhe municiou de conhecimento para administrar o setor público de forma diferenciada. Para exemplificar a afirmação, citou seu mandato como prefeito da cidade de Senador Canedo, nos anos de 2005 a 2009. “Ali a violência imperava, mas com uma equipe de 4 mil servidores conseguimos construir uma educação de qualidade e um sistema de saúde que se tornou referência”, destacou.
Vanderlan afirmou que não teria se candidatado se concordasse com o cenário político goiano e citou que sofre com o descaso da administração pública. “Eu sinto na pele muitos dos descasos que acontecem em Goiás. A falta de energia é um exemplo. Tenho um empreendimento parado por falta de energia. O Estado de Goiás, hoje, é um desafio”.
O governadoriável citou que nesse pleito sua atitude se diferencia da primeira disputa, em 2010, e destacou que o trabalho durante a pré-candidatura resultou num plano de metas. “Quando estipulamos metas, no obrigamos a persegui-las”, ressaltou.
Segurança Pública
A segurança pública, junto com a saúde, afligem os goianos. Nos últimos anos houve uma falta de atenção com a segurança, em vários aspectos. O serviço de inteligência foi praticamente encerrado. Eu ouço dizer que o problema é nacional, mas se analisarmos, das capitais brasileiras, nos últimos 10 anos, o índice de violência caiu 6% puxado por Rio de Janeiro e São Paulo. Em Goiânia, ocorreu um aumento de 72%. Propomos que os profissionais em desvio de função, em outros órgãos, sejam motivados a voltar ao trabalho; também queremos investir maciçamente na divisão de inteligência das polícias pra que os crimes sejam evitados ou solucionados mais rapidamente; também quero investir na força estadual de segurança por meio da integração de Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público e Tribunal de Justiça.
Energia Elétrica
A oferta de energia elétrica é um gargalo para o desenvolvimento industrial e o crescimento do Estado. Eu sinto isso na pele, em minhas empresas.  Temos que investir na Celg, buscar recursos para que haja investimento nas linhas de transmissões e subestações. Não adianta falar em polo industrial, saúde e educação se não há energia elétrica. Quando se coloca um gerador na capitação e outro no tratamento, o problema é resolvido numa cidade inteira. Um gerador automático custa em torno de R$ 200 mil e não há investimento nisso. É uma questão de prioridades.
Saúde
Eu sou um crítico das Organizações Sociais na saúde (OS’s) em Goiás. Esse modelo aumentou o gasto na saúde e o resultado não está sendo o esperado. Isso se justifica porque não existe fiscalização. Eu proponho a manutenção da administração pelas OS’s, mas que isso seja feito com transparências em todos os processos.
Entorno de Brasília
A população dessa região enfrenta uma série de problemas porque recebe atenção da administração pública. O governo não auxiliou as prefeituras para a criação de um plano diretor específico dessa região metropolitana. É preciso levar assessoria técnica para as prefeituras com intuito de investir em segurança, saúde e transporte coletivo. O governo do Estado precisa assumir a responsabilidade e entender que não podemos esperar por ações do Distrito Federal para a região do entorno. 
Pagamento de Precatórios
São 20 anos de atraso dos precatórios judiciais. Os técnicos que elaboram nosso plano de metas já estudam de onde sairá a verba para a quitação dos precatórios durante os quatro anos de mandato. 
Piso Salarial para o Advogado
Eu acho justa a reivindicação. Esse é um compromisso que nós assumimos. Queremos sentar, discutir com a categoria e órgãos competentes para que haja o estabelecimento do piso salarial para o advogado.
Assistência Judiciária
O valor da Unidade de Honorários Dativos (UHD) já é muito baixa. Eu ouvi de profissionais que trabalham na assistência judiciária que o atraso chega há cinco anos. Considero esse descaso algo inadmissível. Minha proposta é planejar uma forma de quitar as UHD’s em atraso e trabalhar uma estratégia para que não haja mais atrasos. 
Fonte: Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO
Confira a cobertura das sabatinas com os candidatos ao Senado Federal:
×