Com 284 votos, servidores e serventuários da Justiça do Estado de Goiás decidiram, por maioria, pelo fim do movimento grevista na tarde desta segunda-feira (21). O presidente da OAB-GO, Henrique Tibúrcio, participou da assembleia que decidiu pelo fim da paralisação. Ele manifestou apoio às reivindicações dos grevistas, no entanto, sugeriu que voltassem ao trabalho e retomassem as negociações. Tibúrcio retardou a ida a Curitiba, onde acontece a Conferência Nacional dos Advogados, para se reunir com o movimento.
Em almoço com o governador Marconi Perillo na sexta-feira (18), Tibúrcio pediu esforço e interferência do chefe do executivo goiano que resultassem em uma solução para a greve deflagrada há quase dois meses pelos servidores e serventuários do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). Receptivo, Perillo se mostrou disposto a receber a categoria. Ele designou o secretário de Articulação Política, Daniel Goulart, para dialogar com o movimento.
Preocupado com a longa duração da greve que afeta o poder Judiciário goiano, o presidente da OAB-GO já havia proposto reunião com todos os agentes que podem chegar a uma solução para o fim da paralisação dos servidores e serventuários, iniciada em 20 de setembro. Ele enviou em 10 de novembro ofícios aos presidentes do TJ-GO, Vítor Barboza Lenza, da Assembleia Legislativa, Jardel Sebba, e do Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás (Sindjustiça), Rosângela Ramos de Alencar, e ao governador Marconi Perillo propondo reunião para tratar do assunto.
De acordo com o Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás (Sindjustiça), 90% dos servidores de carreira do TJ-GO, como oficiais de justiça e escrivães, ficaram parados em 49 comarcas do Estado. Eles afirmavam que o salário médio da categoria era de R$ 1,6 mil por mês e, alegando defasagem, cobravam reposição de 82,3 %. Desde o início do movimento, porém, as negociações com o Tribunal de Justiça não avançaram.
Fonte: Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO