Raul Jungmann lança na OAB-GO Frente a favor do desarmamento

21/09/2005 Antiga, Notícias


21/09 – 17h30 


Quem tem uma arma em casa, pensando em se defender de um bandido, corre o risco de deixá-la acessível às crianças, adolescentes ou a pessoas que, por um motivo ou outro, queiram se vingar. O argumento é do deputado federal e secretário-geral da Frente Parlamentar para um Brasil sem Armas, Raul Jungmann (PPS-PE). Ele esteve nesta quarta-feira em Goiânia, na sede da OAB-GO, para lançar a Frente no Estado. O evento fez parte da programação para divulgar o Referendo marcado para o dia 23 de outubro. 


Participaram do evento o Presidente da OAB-GO, Miguel Cançado, o Secretário-Geral da Ordem, Henrique Tibúrcio Peña, Presidentes de Comissões, Conselheiros, o Secretário de Segurança Pública e Justiça, Jônathas Silva, o Procurador Geral de Justiça, Saulo Bezerra, o Presidente da Câmara Municipal, Cláudio Meirelles, o Arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, o Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Paulo Gonçalves, deputados estaduais e federais, e senadores.


Ao falar sobre o Referendo do dia 23 de outubro, que vai definir se a população é contra ou a favor da comercialização de armas e munições no Brasil, Raul Jungmann disse que as estatísticas mostram que armas em casa matam mais pessoas inocente que o próprio bandido. “Quem reage a um assalto a mão armada tem 180 vezes mais chances de morrer do que quem não reage”, explicou.


O deputado rebateu também as pessoas que são contra o desarmamento por causa da fragilidade do sistema de segurança pública. “A arma na mão do cidadão não vai mudar este quadro”, afirmou ao lembrar que 30% das armas apreendidas com bandidos foram roubadas de pessoas que nunca tiveram qualquer passagem pela polícia. “O Referendo vai custar R$ 230 milhões e só com ferimentos provocados por armas de fogo o SUS gasta R$ 180 milhões por ano”, completou. “Quem diz que custa caro não sabe o valor que tem uma vida”. Para Jungmman, quanto menos armas em circulação, maior é a segurança.


O Presidente da OAB/GO, Miguel Cançado, alerta que só o desarmamento não vai resolver a questão da criminalidade. “Esta é apenas uma das vertentes das ações de segurança pública que devem ser adotadas em todo o País”.


 


 


 

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