O presidente da Comissão de Estágio e de Exame de Ordem (CEEO) da Seccional Goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO), Carlos André Pereira Nunes, avaliou nesta segunda-feira (24 de julho) que a 1ª fase do XXIII Exame Unificado, realizada ontem, exigiu dos candidatos um nível de conhecimento condizente com as demandas da vida profissionais.
“O Exame está cada vez mais adequado às necessidades impostas pela rotina de um advogado”, disse.
Ele reconhece, no entanto, que o Exame de Ordem tem apresentado um nível de dificuldade maior. Mas nada que fuja à realidade profissional. “É uma dificuldade justa e à altura da profissão. Não existe hierarquia entre advogados, juízes e promotores, conforme previsto em nosso Estatuto. É necessário que haja uma seleção condizente à esta previsão legal”, afirmou.
O presidente da OAB-GO, Lúcio Flávio de Paiva, por sua vez, endossa a opinião do presidente da comissão e afirma que o índice de reprovação no Exame, conforme constatado nas últimas edições, indica a necessidade de que os cursos de bacharelado em Direito aprimorem a qualidade do ensino jurídico.
“O compromisso da Ordem é com a competência técnica dos advogados que se inscrevem em seus quadros. Quanto mais exigente o exame de ordem, maior a qualidade dos profissionais que servirão à sociedade”, comentou.
Exame
O Exame de Ordem é a avaliação a que se submetem, por força de lei, os bacharéis em Direito, onde demonstram que possuem a capacitação, os conhecimentos e as práticas necessárias ao exercício da advocacia.
Nesta primeira fase do Exame, os candidatos foram submetidos a uma prova com 80 questões de caráter eliminatório sobre disciplinas profissionalizantes obrigatórias e integrantes do currículo mínimo do curso de Direito.
Também são cobradas questões de Direitos Humanos, Código do Consumidor, Estatuto da Criança e do Adolescente, Direito Ambiental, Direito Internacional, Filosofia do Direito, Estatuto da Advocacia e da OAB, seu Regulamento Geral e Código de Ética e Disciplina da OAB. Os aprovados nesta fase serão submetidos à 2ª fase (prova prático-profissional), que acontece no dia 17 de setembro.
A aprovação no Exame de Ordem é requisito necessário para a inscrição como advogado nos quadros da OAB.
