Por meio da Comissão de Acompanhamento Forense (CAF), a OAB-GO realizou, em agosto último, entrevista com advogados militantes na Justiça Estadual para avaliar a satisfação dos profissionais em relação aos serviços prestados pelo Judiciário goiano. O questionário aplicado é composto por 10 perguntas que tratam da confiabilidade, de prazos e da qualidade dos serviços prestados em 1º e 2º graus, inclusive na Corregedoria do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO).
Foram ouvidos 93 advogados, a maioria com militância superior a 7 anos. Dos entrevistados, mais de 70% afirmam não serem tratados com respeito pelos servidores do Judiciário goiano e, também, mais de 70% dizem existir falta de respeito por parte dos juízes. Na abordagem, cerca de 50% dos entrevistados atribuíram nota inferior a 6 pontos, em uma escala de 0 a 10, quando o assunto se refere ao grau de confiança no TJ-GO.
O objetivo das entrevistas com advogados é contribuir com o Tribunal de Justiça no aprimoramento dos serviços prestados à advocacia e a à sociedade. Apesar dos dados levantados não possuírem caráter científico, a expectativa é de utilizá-los para identificar gargalos e apresentar reivindicações pontuais para melhoria do atendimento nos serviços prestado pelo TJ-GO. A Comissão vai realizar entrevistas mensais no ambiente do tribunal.
Nesse sentido, a OAB-GO propôs ao TJ-GO, via ofício enviado nesta semana, o Pacto de Cordialidade com o intuito de estimular mais urbanidade nas relações estabelecidas no ambiente forense. O instrumento é utilizado por outras Seccionais da OAB e já demonstrou muitos avanços em outros Estados. No mesmo expediente encaminhado ao presidente do Tribunal, Desembargador Ney Teles, foram informados os resultados das entrevistas realizadas com a advocacia.
"Nossa intenção é evitar situações de animosidade. Nós sabemos que, muitas vezes, esse tipo de atitude é resultado de um conflito que se instala devido ao grande volume de trabalho dos servidores do Judiciário em contraponto da agilidade cobrada pelos advogados. Porém, toda iniciativa que busque estimular o equilíbrio no ambiente forense deve ser incentivada", defendeu o presidente da CAF, Mauracy Andrade de Freitas.
Fonte: Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO