A revelação das transcrições das escutas feitas nos telefones dos policiais militares acusados pela Polícia Federal em Goiás de participar de grupo de extermínio aumentou ainda mais a preocupação da OAB-GO com a segurança da população goiana. "O teor dessas conversas telefônicas mostra a deformação de caráter de pessoas que deveriam estar cuidando da segurança pública. Trata-se de uma verdadeira barbárie o que, supostamente, vinham promovendo esses policiais militares", avalia o presidente da seccional, Henrique Tibúrcio. "A OAB-GO exige uma conclusão célere dos inquéritos referentes aos policiais militares que possivelmente integram o grupo de extermínio investigado pela PF", exclama Tibúrcio.
Com respaldo do Estatuto da Advocacia e da OAB, que lhe imputa a defesa dos diretos humanos, e seguindo sua história de luta por essa bandeira, a OAB-GO vem apontando, há tempos, a necessidade de tratar esse assunto com a devida seriedade. "É necessário que os casos de desparecimentos de pessoas após abordagens policiais sejam rigorosamente apurados", pondera o presidente da Comissão de Direitos Humanos da seccional, Alexandre Prudente, que integra a Comissão Especial de Defesa da Cidadania, criada justamente para apurar informações a respeito de desaparecidos nessas situações.