A Advocacia goiana, por meio da OAB-GO, se une à família de Maria Campos Batista neste momento difícil. Maria Batista morreu ontem em um acidente, na BR-060, entre Brasília e Goiânia, quando voltava da Capital Federal depois de um encontro com o vice-presidente da República e ministro da Defesa, José de Alencar.
Ela era mãe do ex-conselheiro e ex-procurador do município Ricardo Dias. Há 36 anos buscava notícias sobre o filho desaparecido, o estudante Marcos Antônio Dias Batista, que era militante político e desapareceu aos 15 anos, em maio de 1970. Nos últimos anos, já conformada, queria pelo menos a oportunidade de enterrar o corpo do filho.
Para o presidente da OAB-GO, Miguel Ângelo Cançado, Maria Batista demonstrou ser uma mulher batalhadora. Guerreira, ela nunca se cansou de lutar contra a ditadura, diz. No ano passado, por decisão da Justiça Federal de Goiás, ela conseguiu o direito a uma indenização de R$ 500 mil pelo desaparecimento do filho durante a ditadura militar.
O velório será realizado no Jardim das Palmeiras, na tarde desta quinta-feira, 16. Maria Batista deixa os filhos: Marta, psicóloga; Renato Dias, jornalista e sociólogo; Antônia Elisa, médica; Waldomiro Batista, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais e o advogado Ricardo Dias. O enterro do corpo ainda não tem hora definida.
16/02 15h30
