É com grande pesar que a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) lamenta o falecimento do membro honorário vitalício da OAB Reginaldo Oscar de Castro, ocorrida nesta sexta-feira (3 de novembro). O advogado foi presidente nacional da instituição de 1º de fevereiro de 1998 a 31 de janeiro de 2001.
Natural de Anápolis, em Goiás, Castro vivia em Brasília desde os anos 1960. Na capital federal, ele se formou pela Universidade de Brasília, em 1967. Era também membro do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB).
A OAB-GO externa profundas condolências aos familiares e amigos e roga a Deus para que seja o conforto necessário neste momento de luto.
Vitórias para a advocacia
Como presidente da OAB, um dos grandes feitos de Reginaldo de Castro foi a construção da nova sede, na capital federal. Desde a sua criação, a OAB foi adquirindo relevância devido à sua atuação política em defesa dos interesses e direitos da sociedade civil. Com isso, a entidade cresceu, não só em número de advogados inscritos, mas também em termos de espaço ocupado.
Em 1998, Reginaldo de Castro convidou o arquiteto Oscar Niemeyer para desenhar o projeto da nova sede. Aos 91 anos, Niemeyer não apenas aceitou o desafio como doou o projeto da nova sede do Conselho Federal. Em 1999, o prédio começou a ser construído. A sede própria da OAB foi inaugurada em 12 de dezembro de 2000, ao lado do prédio que abrigou o Conselho desde 1990, no Setor de Autarquias Sul, em Brasília. Na época, Reginaldo de Castro afirmou que “os advogados, em particular os de outros estados, precisam de melhores condições de trabalho em Brasília e a Ordem deve oferecer melhores condições”.
Reginaldo de Castro foi presidente da OAB no tempo da última Conferência do milênio, que apresentou, como discussão principal, o tema “Justiça: Realidade e Utopia”, enfocando os grandes desafios do nosso tempo na luta por mais justiça. Realizada na cidade do Rio de Janeiro, em 1999, esta reunião alertou para a ineficiência das estruturas democráticas do Estado brasileiro, que não assumiam plenamente suas atribuições, alterando e desrespeitando os princípios constitucionais.
No discurso de abertura da Conferência, Reginaldo de Castro afirmou que o País vivia em um Estado Democrático de Direito, mas não possuía segurança jurídica. Fato facilmente constatado pelo excesso de modificações que a Constituição sofreu, emendada 28 vezes desde março de 1992 até a data da Conferência. O ajuizamento de cerca de 2.000 ADINs foi outro exemplo de comprovação da fragilidade das determinações constitucionais.