OAB-GO dará apoio jurídico às famílias de vítimas de suposto confronto policial na Chapada dos Veadeiros

07/02/2022 Notícias, Reunião

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), Rafael Lara Martins, a secretária-geral da OAB-GO, Talita Hayasaki, e a presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da OAB-GO, Larissa Junqueira Bareato acompanhados da secretária-geral da CDH, Isadora Costa Correa e a vice-presidente da CDH do interior, Wdineia Pereira de Oliveira receberam na última sexta-feira (4) representantes, advogados e familiares das quatro vítimas de um suposto confronto policial, no mês de janeiro deste ano, no município de Cavalcante de Goiás. A conselheira seccional Amanda Souto também se fez presente no encontro.

Em pauta, o pedido para que a OAB garanta a celeridade na execução das investigações sobre o desfecho da ação policial. “Vamos oficiar as autoridades, pedir informações e checar todas as denúncias de supostas ameaças”, garantiu o presidente da OAB-GO.

Ao fim do encontro, a presidente da CDH detalhou que a OAB-GO dará o apoio jurídico necessário as famílias durante o acompanhamento das investigações sobre a ação policial que terminou na morte de Ozanir Batista da Silva, Chico Kalunga, Salviano Souza Conceição e Alan Pereira Soares. “Após análise do processo, encaminharemos os ofícios que serão necessários para realizar o acompanhamento de todas as demandas que foram solicitadas aqui durante essa reunião. E na medida da possibilidade da OAB, nós estaremos participando e providenciando o acolhimento dessas demandas”, detalhou.

O advogado das quatro famílias, Luis Gustavo Delgado Barros, afirma que os familiares e amigos das vítimas estão cobrando providências jurídicas porque defendem que a ação policial sequer ofereceu uma chance de defesa as vítimas. “A partir de agora, a presença da OAB-GO nesse caso é de extrema importância, principalmente, para acompanhar as prerrogativas dos advogados que estão acompanhando. Justamente, para colocar um peso a mais nas investigações e de procedimento que a OAB pode atuar”, enalteceu.

A investigação 
O Ministério Público informou a um jornal local que está acompanhando a investigação em Cavalcante, onde a Polícia Civil apura as mortes, e que foi instaurada uma investigação em Niquelândia, cidade de onde saíram os policiais que participaram da operação. Segundo o MP, o núcleo de controle externo da polícia foi acionado e uma investigação própria poderá ser realizada.

O produtor cultural, Murillo Aleixo, amigo das famílias enfatizou a gravidade do caso e enalteceu a importância da OAB-GO ao dar apoio jurídico aos processos já iniciados no Poder Judiciário. “A gente sente muito fortalecido nessa luta, isso porque a gente cria uma sensação de acolhimento criando um esperança, além ainda de gerar um conforto e dignidade para as famílias.”

Ação policial
Sete policiais participaram da operação, pelo menos seis atiraram durante a operação, segundo o boletim de ocorrência. Quatro estavam com fuzis e dois com pistolas. Eles fazem parte do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT), um batalhão especializado da PMGO em Niquelândia. Após a instauração de um inquérito policial militar, foi determinado o imediato afastamento de todos os policiais envolvidos no ocorrido das atividades operacionais.

Ainda de acordo com o boletim, os policiais encontraram uma quantidade expressiva de pés de maconha. Ao chegar no local, os agentes acharam sete pessoas. E, ao ser dada voz de prisão, os suspeitos teriam atirado contra os policiais, que revidaram.

×