"O Brasil é o país com maior quantidade de registros de crimes homofóbicos no mundo. Só em Goiás, o número destes crimes saltou de 10 noticiados para alarmantes 21 ocorrências". Com este discurso, a presidente da Comissão da Diversidade Sexual da OAB-GO, Eliane Rocha, abriu o início da palestra "Enfrentamento à Violência contra a população LGBT", realizada na última terça-feira (17), no Auditório Eli Alves Forte.
Primeiro evento promovido pela seccional sobre a temática, o objetivo da explanação foi de sensibilizar a população para todas as formas de violência enfrentadas diariamente pela comunidade LGBT. A palestra teve adesão maciça e contou com a participação da comunidade. O presidente Lúcio Flávio de Paiva abriu o evento e afirmou que é imprescindível a discussão desta temática.
Diversas entidades representantes da comunidade LGBT compuseram a mesa de discussão. Márcia Pereira Melo (lésbicas), Leo Mendes (gays), Michele Coutinho (bissexuais), Yane Laline (mulheres travestis), Rafaela Damasceno (transexuais), Jaqueline Ramos (Fórum Trans de Goiás), Lion Ferreira (transexuais) e o pastor Edson Santana (Igreja IRIS) expuseram os problemas enfrentados diariamente.
A palestra foi proferida pela membro da Coordenação de Promoção de Equidade em Saúde da Secretaria de Saúde do Estado, Pollyanna Marques. Ela expôs as principais necessidades e dificuldades enfrentadas pelos LGBT’s, que enfrentam discriminação já desde a adolescência. "Essas pessoas são alvo de todo o tipo de constrangimento, assédio e violência desde cedo?, exemplificou.
A Procuradora-Chefe do Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO), Janilda Guimarães de Lima, trouxe à tona discussão as principais iniciativas do órgão no sentido de incentivar a implementação de políticas de inclusão no mercado de trabalho, por meio de termos de ajustes de conduta (TAC) que façam com que instituições ou empresas direcionem esforços para a contratação de pessoas LGBT e invistam em sua capacitação profissional.
"Queremos mostrar que a OAB Goiás é sensível a essa causa e, mais ainda, reforçar que a Ordem repudia veementemente qualquer prática ou violência com motivação homofóbica", resumiu a presidente da Comissão da Diversidade Sexual, Eliane Rocha.
(Texto: Felipe Cândido – Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO)