OAB-GO acompanha júri de acusados de enviarem bomba para advogado

30/08/2018 Notícias, Prerrogativa

Os presidentes da Comissão de Direitos e Prerrogativas, David Costa, e da Comissão de Acompanhamento Forense, Fabrício Britto, acompanham o júri dos acusados de ter enviado pacote com uma bomba para o advogado Walmir Oliveira da Cunha, em julho de 2016.

Os irmãos Ovídio e Valdinho Chaveiro estão em júri popular desde às 8h30, no Fórum Criminal. A dupla está presa preventivamente desde dezembro de 2016. A vítima ficou gravemente ferida e teve três dedos e parte da palma da mão esquerda mutilados. 

A sessão é aberta ao público e presidida pelo juiz Lourival Machado da Costa, titular da 2ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri. Foram arroladas 12 testemunhas, sendo seis de cada parte, e dois informantes. O processo conta com cerca de 2 mil páginas e é julgado por sete jurados. O vice-presidente da OAB-GO, Thales José Jayme, é assistente da promotora de Justiça que fará a acusação, Renata Oliveira. 

A pedido do presidente da OAB, Claudio Lamachia, o presidente da Comissão Nacional de Defesas das Prerrogativas e Valorização da Advocacia (CNDPVA) do Conselho Federal, Cássio Lisandro Telles, acompanha pessoalmente o júri.

“O atentado contra a vida do colega Walmir Cunha gerou forte comoção e repulsa na advocacia, pela covardia do ato. Além da tentativa de morte, foi um atentado contra a advocacia e contra o direito de defesa”, diz. “O Conselho Federal da OAB está presente para prestar solidariedade ao Walmir e a advocacia goiana”, pontua. “Reafirmamos os compromissos com a plenitude, independência e efetividade do direito de defesa que a Advocacia exerce em favor da sociedade”, sintetiza.

Presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas, David Soares relembra que a seccional goiana acompanha o caso desde o início. “Estamos aqui para acompanhar o desfecho, que esperamos ser a condenação dos acusados, para que sirva de exemplo”, relata. “A advocacia é o pilar e defensora do estado democrático e não pode sofrer qualquer tipo de atentado. Um atentado deste é contra toda a advocacia”, reforça.

Fabrício Britto, da Comissão de Acompanhamento Forense, também acompanha o julgamento de perto. Segundo ele, o julgamento deste atentado não pode ser em vão. “A OAB lutará incansavelmente contra todo e qualquer tipo de ameaça contra a vida de Advogados e seus familiares”, resumiu.

×