A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) vai acompanhar o depoimento do advogado Orcélio Ferreira Silvério Júnior à Corregedoria da Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (23 de julho), por determinação expressa de seu presidente Lúcio Flávio de Paiva.
O advogado alega ter sido vítima de intimidações dentro da delegacia de polícia e Central de Flagrantes, antes da chegada de representantes da OAB-GO.
O delegado responsável pela Lavratura do BO, por sua vez, declinou da atribuição de abertura do Inquérito Policial (IP), por entender tratar-se de suposto crime cometido por Policiais Miliares, o que demandaria a abertura de inquérito pela Corregedoria da Polícia Militar.
O advogado será acompanhado durante depoimento na Corregedoria da Polícia Civil por membros da Comissão de Direitos e Prerrogativas (CDP) da OAB-GO.
Caso
Ontem, Policiais Militares do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (GIRO) imobilizaram o advogado depois de atacá-lo física e verbalmente, conforme vídeos que circulam nas redes sociais.
No mesmo dia, o presidente da OAB-GO Lucio Flávio de Paiva prestou assistência ao advogado, durante exame de corpo de delito. A OAB-GO emitiu nota contra a ação. (clique aqui)
Lúcio Flávio esteve em contato com o governador Ronaldo Caiado e com o procurador-geral de Justiça, Aylton Vechi.
Caiado declarou à imprensa, nesta quinta-feira, que o Governo de Goiás não vai admitir qualquer excesso e que o caso seria devidamente apurado. O MP-GO decidiu abrir investigação sobre o caso.
O advogado foi ainda acompanhado pelo membro da CDP, Alexandre Pimentel, durante depoimento ao Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial do MP-GO.
Antes disso, a OAB-GO oficiou à Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás, ao Comando da PM-GO, à Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Goiás, e à Promotoria de Justiça responsável pelo Controle Externo da Atividade Policial, exigindo o imediato afastamento dos responsáveis pela agressão.