OAB cobra construção do novo presídio de Anápolis

23/02/2006 Antiga, Notícias


 


“Nós não estamos aqui cobrando uma omissão, mas para somar forças e resolver o problema de uma vez por todas. Esse encontro é tão importante, quanto à importância que Anápolis tem no cenário goiano”. Foi com essas palavras que o presidente da Subseção de Anápolis, Jeovah Júnior, abriu na última quarta-feira, em Goiânia, a reunião promovida pela OAB de Anápolis, com o secretário de Segurança Pública e Justiça, Jonathas Silva.


Jeovah Júnior foi taxativo e disse que a construção do novo presídio é um “assunto que já está desgastado”, e é por esse motivo, pela defesa dos Direitos Humanos e pela segurança da sociedade, que a OAB de Anápolis, juntamente com a OAB Goiás, Ministério Público e Poder Judiciário, decidiram formar uma comitiva e agendar reuniões com autoridades competentes para viabilizar definitivamente a edificação da obra.


O presidente da OAB-GO, Miguel Cançado, apresentou ao secretário e aos membros da comitiva, que se for necessário será agendado uma reunião com o presidente da OAB Nacional, Roberto Busato, e com o ministro da Justiça Márcio Thomaz de Bastos, para viabilizar a construção do mini presídio de Anápolis.


Em janeiro, a comitiva, que também é composta pela deputada Onaide Santillo, pelo diretor da cadeia pública, capitão Arthur Bernardes, por professores universitários e membros da sociedade organizada, se reuniu com o prefeito de Anápolis Pedro Sahium.


Na ocasião a Prefeitura se comprometeu em doar o terreno. Dias depois a comitiva, juntamente com representantes do poder municipal, e técnicos da Agência Prisional, fizeram o levantamento de áreas. Na última semana, o local que melhor se adequa a construção do presídio foi escolhido.


 


Problema herdado


Os membros da comitiva apresentaram dados sobre área, ao secretário Jonathas Silva, e aproveitaram a ocasião para lamentar, que reuniões estão sendo feitas há anos, e não se vê por parte do poder publico, seja ele municipal, estadual ou federal, iniciativas concretas para a resolução definitiva da situação carcerária do município.


Para o secretário, Anápolis é prioridade e a comitiva pode ficar despreocupada. “O problema não é só de vocês, o sistema carcerário em todo país passa por dificuldades. A verdade é que a polícia não está podendo nem mais prender, porque não há vagas nas penitenciárias”, destacou.


Para Jônathas Silva, a questão carcerária é um problema herdado e de difícil resolução. Ele citou Mário Covas, quando governador, que dizia que para construir um presídio em uma cidade era preciso incentivo fiscal. “Em Anápolis eu noto o contrário, vejo que a cidade quer colaborar, isso é fundamental para que o presídio fique pronto mais rápido”, destaca.


Ele enfatizou que Anápolis está entre as prioridades do governo, mas destacou os problemas que dificultam uma ação imediata, por exemplo, que em todo Estado há policiais militares tomando conta de presídios, o que é uma distorção. “O que fizemos nesse governo? Começamos a formar agentes penitenciários, pois quem prende e quem investiga não pode vigiar. Mesmo assim, temos um déficit de vagas no sistema”, revela.


Jonathas Silva citou as outras cidades que também precisam de presídios e falou que o governo do Estado apóia a construção, mas indicou que a comitiva deve entrar em contato também com o governo federal, pois vem da união parte da verba para a construção.


 


23/02 – 15h10

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