Mês da advocacia: conheça o trabalho da conselheira seccional Andressa Rodrigues Pereira

– Como foi sua trajetória profissional na advocacia até chegar aqui como conselheiro(a) seccional da OAB-GO?
O início da minha trajetória profissional da advocacia até chegar aqui como conselheira seccional não foi fácil. O início da minha carreira foi desafiador, como é para muitos. Um novo desafio a cada novo dia. E eu nunca desisti, porque quando amamos o que fazemos, não desistimos. Os meus maiores apoiadores foram meus pais que sempre me incentivaram a estudar, a plantar e a ter uma bagagem de conhecimento muito grande. Eles diziam “vai dar certo” e deu muito certo.

Eu me formei em Direito na PUC-GO em 2015. Minha turma é a de 2010. Tive um estágio e esse estágio foi meu primeiro grande impacto com a advocacia, quando me deparei com a parte prática que não tive na faculdade, como confecção de contratos num nicho diferente, que era construção de shopping, usina hidrelétrica, eólica, com valores muito altos. Assim veio uma grande responsabilidade. Estagiei, formei em 2015, e comecei a estudar para concurso. A princípio estudei para concurso por dois anos, na área trabalhista, para analista do TRT, por ser muito tímida e achar que eu não ia conseguir fazer audiências. Então, optei por conta disso e não pensava em advogar. Até que surgiu uma oportunidade de ir pra São Paulo, onde eu queria seguir minha carreira profissional, mas pensei em antes disso tirar minha carteira da OAB. Passei de primeira e peguei minha OAB em 2017.

Meu primeiro cliente foi em São Paulo e eu lembro que na época estudava muito na ESA, sempre amei estudar e me atualizar. Fiz minha inscrição em uma pós-graduação em Processo do Trabalho e me inscrevi numa residência jurídica que me ajudou muito a ter a prática e a segurança. Essa residência jurídica foi feita através de um trabalho voluntário no TRT durante dois anos. Ali, eu atendi vários clientes através da gratuidade da justiça e pude ajudar bastantes pessoas. Nessa primeira audiência particular em São Paulo, eu descobri que lá era uma audiência una e entrei em desespero por descobrir que era uma audiência única. Fui então buscar ajuda na ESA onde estava um professor que hoje é nosso atual presidente, Rafael Lara Martins. Sempre muito acessível, receptivo e me explicou tudo o que eu precisava fazer.

Tudo iniciou em São Paulo. Fiquei 1 ano e 8 meses em São Paulo. Tive muitos clientes do lado patronal. Advoguei lá e quando eu tive que voltar para Goiânia, me deparei com uma nova dificuldade, porque em São Paulo o consultivo é muito forte e em Goiânia é o contencioso. Em Goiânia, o cliente busca quando tem os problemas, mas eu não desisti e continuei batalhando pela advocacia. Fui diretora da comissão de direito do trabalho, acompanho o trabalho da comissão há 3 mandatos. Sou apaixonada nessa área. Adoro ajudar os jovens advogados por meio de mentoria. Amo a advocacia. 

Continuo me atualizando. Hoje tenho pós-graduação em direito do trabalho, processo do trabalho, direito civil, processo civil, tributário, empresarial e holding familiar. Estou em uma nova pós em sucessão no direito de família. Atender empresários não é fácil, por isso eu busquei me especializar em inúmeras áreas para que quando eu tivesse diante do cliente, eu pudesse estar munida de conhecimento porque, na trajetória profissional na advocacia, passamos por várias dificuldades e uma delas é enfrentar essa quebra por ser nova, por ser mulher, por achar que não teria essa competência. Hoje, graças a Deus, tenho uma carteira bacana de clientes, estou do lado para atender. Temos um elo muito grande com todos eles e nesse meio tempo, depois de estar em Goiânia, acompanhei o fim do mandato do Lúcio Flávio e apoiei o Rafael Lara para representar as mulheres, a jovem advocacia no Conselho e fiquei extremamente grata e feliz. Não imaginava esse convite por ser jovem porque achava que era um espaço apenas para as pessoas mais velhas. Foi um desafio e estou apaixonada. Entrei com frio na barriga, mas trabalhar pela advocacia é algo surreal, muito prazeroso e que todos possam ver o que a gente planta ali, que não é fácil e é muito trabalho. 

– Como você tem contribuído no Conselho Seccional para o impulsionamento da advocacia?
Tenho contribuído no conselho seccional sendo uma porta de entrada para muitos advogados. Tenho relatado vários processos no Pleno, vários processos na Câmara, tenho tido contato com inúmeros colegas conselheiros, temos contribuído bastante com toda a matéria que a gente possa agregar. Como conselheira, eu continuo acompanhando as comissões e trazendo inovações também para os colegas. Tenho acompanhado o trabalho das comissões e acho que estar ali, de frente, relatando inúmeros processos, pela advocacia, podendo diminuir e trazer celeridade, esse é o maior marco que podemos fazer no conselho seccional, ajudando a tantos que passam ali com destreza. Avaliar os processos com muita destreza, pedir vistas, acompanhar os colegas relatores, trazer de fato o melhor. 

Os colegas advogados têm ficado satisfeitos com as nossas fundamentações mesmo que muitas vezes não satisfatórias para eles, mas muito bem fundamentadas o porquê da negativa e o do aceite. Isso é com o que mais temos contribuído e em toda a advocacia, participando de todos os projetos, trazendo ideias e inovações e recebendo os colegas de todo o estado de Goiás. Como conselheira, nós conseguimos entregar ao presidente projetos, passar pros nossos colegas toda a visão da advocacia e esse acesso tem sido muito rápido pra mim, através do Instagram, redes sociais, pessoalmente. 

Que eu possa contribuir cada vez mais estando ao lado dos jovens advogados, podendo levar conhecimento a todo o estado de Goiás, e no Brasil, representando a nossa Ordem, o nosso presidente que me escolheu pra estar aqui e sigo ao lado dele pra cumprir todos esses desafios. 

Por fim, um dos maiores marcos que está acontecendo tanto para nossa maturidade quanto para o nosso crescimento profissional e do conselho da Ordem é a quantidade de listas sêxtuplas que compusemos. Foi um grande desafio. Tenho contribuído recebendo todos os candidatos que se inscreveram, prestigiando cada um deles para escutá-los, ouvi-los, analisar o currículo e poder fazer ali uma análise junto aos demais colegas conselheiros e fazer a melhor escolha ao quinto constitucional. 

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