Leitura da Constituição Federal é destaque de palestra

05/12/2008 Antiga, Notícias

 


Parte do povo brasileiro ainda é analfabeto político. A afirmação é do assessor legislativo do governo municipal de Guarulhos(SP), o professor de Direito Constitucional Jerson Carneiro Gonçalves Júnior, que palestrou, nesta quinta-feira (4), na Escola Superior de Advocacia da OAB-GO sobre os 20 anos da Constituição Federal. Jerson é membro associado do Instituto Brasileiro de Direito Constitucional (IBDC), e mestre e doutorando em Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). O diretor-geral da ESA, Alexandre Iunes, e a diretora-adjunta da escola, Márcia Queiroz, participaram da abertura.


Ao falar sobre o analfabeto político, o assessor explicou que a Constituição Federal tem elementos políticos e que todo indivíduo deveria ler a Carta Magna para conhecer seus direitos. “Quem não gosta de política é governado por quem gosta”, alertou. “Nós temos um documento jurídico da maior importância, que é a Constituição Federal, que todos os cidadãos deveriam conhecer, mas só poucos o fazem, como profissionais do Direito e parte dos políticos”. De acordo com Jerson Gonçalves, grande parte dos legisladores desconhece a Constituição, elabora projetos inconstitucionais e alguns chegam a ser bizarros. “No mês passado, um prefeito do interior de São Paulo enviou à Câmara Municipal um projeto de lei com o seguinte texto: ‘Fica proibido morrer em Biritiba-Mirim’, exemplificou o palestrante. “Como regular um fato jurídico como este?”, ironizou. 


“É um absurdo, mas temos vereadores, deputados e senadores que não conhecem a Constituição Federal”, disse. “Temos que avançar e promover uma maior participação do cidadão em relação ao que é exposto na Carta Magna”, destaca. “Na Europa, as crianças estudam na escola sobre seus direitos fundamentais e, aqui, os alunos de graduação só aprendem esta matéria no primeiro ano do curso de Direito”, afirma ao ressaltar que é importante que haja uma mudança no País. “A imprensa e a OAB poderiam trabalhar uma campanha de divulgação dos direitos fundamentais do cidadão”, sugere o professor ao lembrar que a Constituição foi feita para o cidadão.


 


5/12 – 9h55

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