A Importância da Gestão Profissional e da Governança nos Escritórios de Advocacia foi um dos temas discutidos na manhã desta sexta-feira (8), durante o IV Encontro da Advocacia Jovem de Goiás, promovido pela Comissão da Advocacia Jovem (CAJ) da OAB-GO, no auditório da Escola Superior de Advocacia Jovem de Goiás (ESA-GO). O assunto foi abordado pelo professor da Fundação Getúlio Vargas (FVG) e sócio-fundador da CEO Consultoria Empresarial Ltda. Rogério Góes, especialista em Negociação pela BSP e em Direito Societário pela GVLaw.
De acordo com Rogério Góes, a profissionalização do escritório de advocacia é fundamental para se obter sucesso. “É necessário haver a separação entre propriedade e gestão. Os sócios precisam delegar autoridade para o gestor, que é o administrador legal, ou seja, o responsável pela execução das decisões tomadas pelos sócios ou pelo conselho diretor do escritório”, afirmou o palestrante. “O gestor deve ser um observador atento das pessoas que trabalham com ele. Não se pode inibir as boas ideias dos profissionais nem deixá-los se acomodarem. É preciso oferecê-los motivação constantemente e fazer com que se sintam valorizados”, asseverou Rogério Góes.
Já o papel da governança é manter o viés corporativo do escritório. Segundo o palestrante, a empresa que opta pelas boas práticas de governança corporativa adota como linhas mestras a transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade corporativa. “É importante que todos os profissionais do escritório saibam o que está acontecendo para que se sintam seguros e motivados a contribuir com o crescimento da empresa”, ponderou o renomado expositor. O vice-presidente da CAJ, Samuel Junio Pereira, foi o coordenador da palestra e a integrante da comissão Lorena Moura Escher, a debatedora.
O outro tema tratado no período matutino desta sexta-feira foi Expectativas do Cliente na Visão da Área Jurídica. Vice-presidente jurídico do grupo Pepsico do Brasil, Newman de Faria Debs, doutor e mestre em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), tratou do assunto com maestria. “A minha trajetória na advocacia tem sido bastante focada em empresas, então, posso garantir que, tanto pela minha experiência particular como pelo que eu ouço dos meus colegas de outras companhias, as expectativas são sempre muito parecidas. Espera-se técnica, pró-ação e acessibilidade dos advogados”, assegurou.
“Quem está na empresa acha que o escritório externo tem mais condição de se aprofundar tecnicamente nos assuntos, mas não basta só isso, é necessário também ter atitude. A gente quer um advogado externo que se preocupe com os nossos problemas antes mesmo deles surgirem, que busquem conhecer a empresa profundamente, ou seja, esperamos uma atitude pró-ativa dos profissionais que contratamos”, informou o vice-presidente jurídico do grupo Pepsico do Brasil. “Além disso, o advogado tem de estar sempre acessível, pois o cliente quer encontrá-lo quando precisa dele”, concluiu ao enaltecer a iniciativa da CAJ em realizar o encontro. “Estou muito feliz de estar aqui, porque acredito que eventos como este contribuem com o aprimoramento da advocacia.”
A palestra Expectativas do Cliente na Visão da Área Jurídica foi coordenada pelo secretário da CAJ, Tobias Nascindo Amaral Gonçalves. As debatedoras foram a sócia da empresa SMB Consultoria Maria Luiza Cavalcante Lima e a integrante da CAJ Camila Araújo. O presidente da Comissão da Advocacia Jovem, Enil Henrique de Souza Neto, e o diretor-tesoureiro da Seccional goiana da OAB, Enil Henrique de Souza Filho, assistiram às palestras.