Neste 2 de Novembro, quando exaltamos a memória daqueles que nos deixaram, é necessário que façamos também uma pausa para refletir sobre o cenário de violência direcionada contra a vida de advogados durante o exercício profissional.
Mais do que um fenômeno jurídico ou classista, o atentado contra a vida de um defensor de direitos – uma triste realidade ainda existente entre nós – é um ataque às bases do Estado Democrático de Direito, à cidadania e à luta pelo primado da lei.
Exercemos um serviço indispensável à Justiça e ao funcionamento do Estado. Mesmo diante de tanta importância, é assombroso lembrar que a advocacia ainda está entre as profissões de alto risco no Brasil.
Em nome dos colegas Marcus Aprígio Chaves e Frank Alessandro Carvalhaes Assis, vítimas de um crime covarde e hediondo – e de tantos outros que perderam sua vida no calor diário de seu labor –, a OAB-GO reafirma que jamais recuará contra condutas bárbaras e truculentas que ameaçam nossa profissão.
A OAB-GO jamais tolerará nem hesitará em dar as devidas respostas institucionais a todos e quaisquer ataques orquestrados em desfavor da advocacia. Sobretudo, quando tais ataques são realizados de maneira violenta e em tom ameaçador, visando desprestigiar, desmerecer, diminuir, intimidar ou calar a voz da advocacia.
É oportuno ainda externar nossos sentimentos aos familiares e amigos daqueles advogados e daquelas advogadas que se foram vítimas da pandemia que se instalou entre nós. Nos solidarizamos com o luto e rogamos ao Criador do Universo que os fortaleça e os conforte.
Lúcio Flávio de Paiva
Presidente da OAB-GO