Enterrado nesta quinta-feira, 16, o corpo de Maria de Campos Batista, a dona Santa. O velório, realizado no Jardim das Palmeiras, em Goiânia, reuniu autoridades do meio político, amigos e familiares. O vice-presidente e ministro da Defesa José de Alencar, o secretário Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo de Tarso Vanucci, o governador Marconi Perillo e a primeira-dama Valéria Perillo, o vice-governador Alcides Rodrigues, o prefeito Íris Rezende e o presidente da OAB-GO, Miguel Ângelo Cançado, estiveram presentes.
Mãe do ex-conselheiro da OAB-GO e ex-Procurador do Município, Ricardo Dias, Maria Batista viveu os últimos 36 anos em busca de notícias do filho Marcos Antônio Dias Batista, desaparecido em 1970 durante a ditadura militar. Nesta quarta-feira, 15, Maria Batista foi a Brasília se encontrar com o vice-presidente e Ministro da Defesa, José Alencar, e ouviu dele a promessa de que o Governo Federal iria se empenhar para desvendar o mistério do desaparecimento de Marcos Antônio. Na volta para Goiânia, o carro em que estava dona Santa bateu em um outro veículo na BR-060. Ela morreu na hora.
Dona Santa é um exemplo para o Brasil, diz o presidente da OAB-GO. Ela deixa a vida para se transformar em símbolo da luta contra a ditadura. O governador Marconi Perillo diz que a história de dona Maria representa a luta de outras mães em busca dos filhos. Mas Deus quis que dona Santa encontrasse seu filho em outra dimensão. O vice-presidente José Alencar reafirmou o compromisso de tentar encontrar informações que possam desvendar o desaparecimento de Marcos Antônio. Este rapaz era um jovem que se preocupava com o futuro político do Brasil, era um democrata e, por isto, motivo de orgulho hoje, disse.
A missa de sétimo dia está marcada para terça-feira, 21, às 20 horas. A previsão é de que seja realizada na capela ao lado do Centro de Cultura e Convenções.