Por Layla Milena, conselheira federal da OAB-GO
Os dados extraídos do Perfil ADV, elaborado pelo Conselho Federal da OAB, revelam a predominância feminina na advocacia brasileira, com 50% de mulheres, 49% de homens e 1% representando outras identidades de gênero. Destaca-se que as advogadas apresentam uma média de idade inferior à dos advogados, sugerindo um aumento recente da participação feminina neste campo profissional no Brasil: a média de idade das mulheres é de 42 anos, enquanto a dos homens é de 47 anos.
No entanto, apesar desses avanços, o estudo ressalta desafios persistentes, especialmente no que se refere à disparidade de renda entre os gêneros, refletindo desigualdades estruturais arraigadas na sociedade brasileira. É imprescindível destacar que a busca pela equidade de gênero na advocacia transcende a simples representatividade numérica. Ela abrange também a garantia de condições de trabalho justas e oportunidades de progresso profissional igualitárias.
Nesse contexto, políticas institucionais focadas em questões de gênero, como aquelas implementadas pela OAB, assumem um papel fundamental e devem ser continuamente aprimoradas para promover a valorização e a dignificação da advocacia feminina, superando os obstáculos impostos por estruturas sociais e culturais historicamente desiguais.
