A Comissão de Direitos Humanos da OAB-GO, presidida por Alexandre Prudente, visitou nesta sexta-feira (30) a cadeia pública de Jataí. O objetivo era conferir a infraestrutura do local e as condições de alojamento dos presos.
Segundo Alexandre Prudente, a comitiva detectou superlotação das celas. O presídio, com capacidade para abrigar 44 presos, tem hoje 172. "Em celas, onde cabem apenas duas pessoas, estão 10", explicou. "Além disto, há problemas na infraestrutura da cadeia", completou o presidente da comissão. O presídio é coberto apenas por laje, não há telhado, o que provoca infiltração e conseqüentes problemas na saúde dos detentos. A água do reservatório não é suficiente para atender a demanda, falta água potável e muitos presos acabam tomando água de um córrego. "Ainda há más condições elétricas e sanitárias", completou Alexandre.
Diante do quadro, a comissão já requereu à prefeitura local, embora seja responsabilidade do Estado, a construção de um reservatório de água potável, a construção do telhado e o fornecimento do café da manhã, já que os presos só contam hoje com duas refeições, sendo que o jantar é servido às 17h30 e, a próxima refeição, o almoço, às 11 horas do dia seguinte.
O presidente da Subseção da OAB-GO de Jataí, Mário Ibrahim, e os membros da Comissão de Direitos Humanos Danilo Gustavo Braga, Michel Ximango e Manoel Leonilson Rocha acompanharam a visita. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Jataí, Luiz Carlos Cabral, também integrou o grupo.