Comissão da OAB constata irregularidades em cadeia de Aparecida

17/02/2006 Antiga, Notícias

 



Sem acesso a água potável, celas insalubres e mofadas, banheiros sem sanitários adequados e sem chuveiro, sem fiação elétrica segura e alimentação apropriada. Essa é a atual situação em que se encontram os jovens custodiados na carceragem da 1ª Delegacia de Polícia de Aparecida de Goiânia. As irregularidades foram constatadas hoje pela Comissão de Diretos Humanos da OAB-GO. A pedido da delegada Emília Gluck de Podestà, a Comissão visitou o local para apurar a real situação da carceragem, destinada a menores infratores mas que, hoje, abriga menores e adultos nas mesmas celas.


A superlotação é outro ponto que preocupou a Comissão: a capacidade total da prisão é de 16 detentos, distribuídos em 4 celas, mas hoje abriga 25. “A atual situação do cárcere agride a dignidade humana”, afirmou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-GO, Paulo Gonçalves.


Depois da inspeção feita à cadeia, a Comissão acionou a Vigilância Sanitária para, tecnicamente, avaliar as irregularidades. Os técnicos compareceram ao local, juntamente com o coordenador do órgão, Jaime Santos do Rego, e constataram a situação de emergência em que se encontra o cárcere. Um relatório já está sendo elaborado pelos técnicos e será entregue à delegada. O promotor de Justiça de Aparecida de Goiânia, Márcio do Nascimento, também foi procurado pela Comissão, que pretende pedir a interdição da cadeia e a remoção dos presos para que seja feita, em caráter de urgência, as reformas cabíveis ao local.


Além do presidente Paulo Gonçalves, participaram da vistoria os membros da Comissão: Vitor Hugo Pelles, Líllian Maria Braga, Maria Teresa Ribeiro, Georgimar de Freitas, Alexandre Prudente, Maria Bernadette, Alexandre de Abreu e Thaysa Zaia. O presidente da Subseção de Aparecida, Walter de Araújo, também esteve presente. 


 


17/02 – 16h32

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