A presidente da Comissão da Mulher Advogada (CMA) da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), Fabiola Ariadne Rodrigues, realizou uma visita ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para acompanhar o caso de advogada agredida por dois homens em Goiânia (GO). A visita contou com a participação do presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas (CDP), Alexandre Carlos Magno Mendes Pimentel, e da vice-presidente para Assuntos da Advocacia da Mulher Advogada, Pâmmella Cândida de Amorim Pimentel.
O objetivo do encontro foi reforçar o compromisso da Ordem em proteger a advocacia e apresentar sua posição sobre o caso. Segundo Fabiola, a promotora de justiça Suzete Prager de Oliveira Freitas atendeu ao grupo prontamente e compartilhou seu entendimento de que o caso se trata de homicídio na forma tentada, concordando com a avaliação da OAB-GO.
“Essa visita representa o compromisso da Ordem na luta pela defesa não só de advogados e advogadas, mas um compromisso com o bem-estar social, a partir do trabalho da advocacia”, disse Fabiola.
Entenda o caso
Em outubro, uma advogada em Goiânia (GO) foi brutalmente agredida e teve o rosto deformado por dois homens, supostamente devido a ciúmes. Segundo a vítima, o estudante de medicina Heberson Clayton Nunes acreditou que ela mantinha um relacionamento amoroso com seu namorado, Maykon Aires, e decidiu agredi-la. Atualmente, o estudante está sendo procurado pela polícia, enquanto Maykon foi preso por sua participação no crime.
Às autoridades, a advogada explicou que praticava atividade física em uma academia onde Maykon trabalhava como personal trainer. Há um mês do caso, ele a ofereceu carona e ela aceitou. No entanto, quando chegaram na academia, Heberson a surpreendeu com agressões e esse momento foi registrado em vídeo.
Segundo informações da polícia, os dois homens armaram uma emboscada para a mulher devido ao relacionamento que tinham. Após o crime, os suspeitos jogaram a vítima na calçada e fugiram. Maykon foi preso em flagrante por tentativa de homicídio qualificado, enquanto Heberson permanece foragido.
Durante a investigação foi revelado que Maykon Aires se apresentava como personal trainer, mas não tinha registro no Conselho Regional de Educação Física (Cref); o que caracteriza o exercício ilegal da profissão. O Cref emitiu uma nota repudiando a agressão contra a advogada e confirmou que o suspeito não estava registrado como profissional de Educação Física em nenhum conselho regional do país. Por outro lado, Heberson, namorado do engenheiro, é um estudante de medicina com antecedentes criminais por lesão corporal e furto.
