A Comissão de Direito Homoafetivo da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), realizou na noite de terça-feira (22), o Seminário “Iguais como você e eu”, com objetivo de alertar sobre o preconceito no ambiente de trabalho.
O evento marcou o fim das atividades da Comissão na gestão e contou com de sua presidente, Chyntia Barcellos; da procuradora-chefe do MPT em Goiás, Janilda Guimarães de Lima; da vereadora Cristina; e dos garotos-propaganda que integraram a campanha que leva o mesmo nome do seminário.
Para a presidente da Comissão, o preconceito no trabalho traz consequências devastadoras para o empregado, bem como para as organizações. “Mais do que produtividade, a pessoa que sofre preconceito perde a autoestima e desenvolve problemas como depressão”, explica.
Ela enfatiza que os colaboradores afetados não devem se calar, sempre procurando os departamentos responsáveis, para denunciar as ações abusivas. E, por sua vez, as empresas precisam estar atentas para a identificação dos casos, afim de que eles que não se agravem nem gerem problemas com a imagem, perdas financeiras por consequência da produtividade, e ajuizamento de ações indenizatórias por dano moral ou mesmo criminal, pelos tipos de conduta impostas ao empregado.
Superando o preconceito
Silas Custódio da Silva (32), participa da campanha “Iguais como você e eu”. Vestido com seu terno, e sempre carregando um sorriso no rosto, o rapaz, portador da Síndrome de Dow, conta com entusiasmo sobre o trabalho em uma rede de hipermercados de Goiânia. Mas, nem sempre foi assim.
A mãe, Maria Madalena Custódio (73), se emocionou ao mencionar os obstáculos enfrentados no início da carreira, que quase fizeram o filho desistir. “O preconceito já nasce na família, e sempre lutamos muito para que o Silas fosse respeitado, visto como o ser humano que ele é, e pudesse ter sua autonomia preservada”, destacou.
Maria Madalena ressalta que, atualmente, as diferenças de Silas com os colegas de trabalho foram superadas, e ele possui boa convivência mesmo com aqueles que no passado não o aceitavam. (Texto: Maria Amélia Saad – Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO)