A advogada Tatiana Takeda, mãe do Theo, conta que o pequeno faz diversas atividades voltadas para seu desenvolvimento pessoal motor, comunicacional e social, mas que, entre todas as atividades, apresenta um interesse particular voltado para a capoeira. “Quando fica sabendo que está na hora de ir para a aula de capoeira, o Theo já vai correndo, prepara o uniforme e vai feliz. A capoeira não é só um esporte ou uma arte, ela desenvolve um lado lúdico, unindo o sério com a brincadeira, que agrada muito ao público infantil”, diz.
Para Tatiane, a capoeira inclusiva do Mestre Takinha é uma atividade fundamental para o desenvolvimento do filho. “A coordenação motora do Theo vem sendo desenvolvida visivelmente desde que ele começou as aulas de capoeira. Durante a aula, ele precisa atender a comandos e, desenvolver essa habilidade, é muito importante na vida de uma pessoa autista”.
A advogada, que também compõe a Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB-GO, conta que, segundo o censo do IBGE de 2010, cerca de 23% da população brasileira tem alguma deficiência e lembra que é preciso criar condições para a inclusão dessa significativa parcela da população.
O presidente da Comissão concorda. Para Herbert, as múltiplas variedades de deficiências exigem a adaptação de atividades e espaços para a inclusão de todos. “Apesar de estar à frente das comissões, eu também estou em um processo de evolução de conhecimento, porque eu vivo, hoje, a condição de pessoa com deficiência física. Mas existe uma série de outras deficiências e a gente tem que ter uma sensibilidade para conseguir compreender o lugar do outro e incluir sempre pessoas com esses outros tipos de deficiência”, confessa.
A escolha do show de encerramento do evento também foi mais uma demonstração da capacidade das pessoas com deficiência ao público frequentador do clube. A artista Fabrícia Eges é deficiente visual e apresentou a todos um repertório variado, que foi de Zeca Baleiro a Belchior. Fabrícia é cantora, musicista e compositora.