A Comissão da Mulher Advogada da OAB-GO realizou, nessa segunda-feira (20), o Fórum de Discussões sobre o Bullying. O evento foi realizado na Escola Superior de Advocacia de Goiás (ESA-GO) e contou com o apoio da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag). De acordo com a vice-presidente da comissão, Ilana Patrícia Nunes Seabra, o evento é de extrema importância, pois discute um problema que é cada vez mais divulgado. “Precisamos voltar nossa atenção para crianças e adolescentes que vivem essa violência de forma repetida”, ressaltou na abertura do seminário. Também participou da solenidade o diretor-geral da ESA, Alexandre Iunes Machado.
O deputado federal Sandro Mabel, que participa da Frente Parlamentar de Combate ao Bullying, foi um dos palestrantes. Ele falou sobre o projeto de lei nº 1226/ 2001, de sua autoria, que trata o tema. Sandro Mabel sugere que sejam instalados portais de detectores de metais nas escolas públicas brasileiras, para evitar a entrada de armas nas instituições de ensino. “Se aquela escola no Rio de Janeiro tivesse detector de metais, aquele rapaz não teria entrado com tantas armas e munições e provocado uma tragédia tão grande”, defendeu. O deputado afirmou que já cobrou do ministro da Educação, Fernando Haddad, medidas que possam mudar a realidade do bullying nas escolas. “É imprescindível que o Ministério da Educação dedique atenção ao tema para que a escola se torne um ambiente de respeito mútuo”, afirmou.
A psicóloga Máris Eliana Dietz de Oliveira também palestrou no evento. Ela afirmou que, apesar do termo bullying ser novo, esse tipo de comportamento já é comum há muito tempo e que, por isso, deve ser combatido. “É necessário sensibilizar e conscientizar os alunos, envolver pais e professores em atividades que conduzam à harmonia e respeito mútuo”, disse.
Para a psicóloga, é imprescindível identificar agressor e vítima para lutar contra o problema e buscar soluções eficientes. “O agressor também é, de certa forma, vítima, pois ele quer atrair atenção, mas faz isso de forma negativa”, explicou.
