O artigo "Basta de violência", de autoria do presidente da OAB-GO, Henrique Tibúrcio, foi publicado na edição de domingo (7) do jornal O Popular.
A violência é apontada por pesquisa do CNT/Sensus como fator que mais preocupa o brasileiro, à frente até mesmo do desemprego que, anos a fio, foi o protagonista. A Ordem dos Advogados do Brasil jamais se calou diante de situações que envolvam a coletividade e que clamem por sua atuação. A Seção de Goiás também jamais se calará.
O estado de insegurança, causado pelos índices alarmantes de criminalidade, precisa ser combatido. A onda de violência que assola o País e o Estado só terá fim com posicionamento firme das autoridades e, sobretudo, de todos os setores organizados da sociedade. A cultura de paz deve ser o desejo íntimo e prático de todos os cidadãos.
Não é aceitável que vivamos em territórios cercados por bandidos e nos acostumemos com isso, como se fôssemos tomados por um estado letárgico. Todas as ações criminosas devem ser intensamente apuradas com o objetivo de inibir novas manifestações de violência. O número de desaparecimentos em Luziânia é alarmante. Tal fato é muito grave e exige providências rápidas. Não é o caso de sobressaírem vaidades e, se a ajuda da Polícia Federal for necessária, não se deve prescindir desse auxílio.
Em seu discurso na solenidade que diplomou os dirigentes da Subseção de Luziânia na noite de quinta-feira, o vice-presidente da OAB-GO, Sebastião Macalé, foi enfático ao defender a posição da instituição. Na terça-feira, os presidentes da Comissão de Direitos Humanos, Alexandre Prudente, do Conselho Federal, Ophir Cavalcante, e eu teremos audiência com o ministro da Justiça, Tarso Genro. O objetivo da nossa ida a Brasília é cobrarmos uma atuação objetiva e enérgica do governo federal para aliviarmos, o quanto possível, o sofrimento daquelas mães.
A OAB-GO, que tem sempre participado de ações importantes e que já esteve à frente de um movimento de combate à violência, não deixará de ser parceira de movimentos que preguem e pratiquem o fim da criminalidade. O fim da violência depende de políticas públicas de combate ao tráfico de drogas, além do uso da inteligência e da modernização das polícias. Goiás ainda precisa dar passos mais ousados nesse sentido. Concomitante a isso, investimento em educação, acesso da população ao lazer e ao esporte – o que tira o cidadão, sobretudo o jovem, da ociosidade e, por consequência, do crime – são medidas sabidamente eficazes.