Antônio Gomide: “a Segurança Pública é um problema estrutural”

O candidato ao governo do Estado de Goiás, Antônio Gomide (PT), começou sua participação na sabatina da OAB-GO destacando a oportunidade deste momento. "É a ocasião que podemos apresentar as nossas ideias e também ouvir as ideias, reivindicações e demandas da categoria, para que possamos num plano de governo estar pensando junto com vocês". 

"Entendo que Goiás cresce, hoje, economicamente acima da média nacional, mas percebo que não teve o planejamento devido para que pudesse ter o crescimento em todas as regiões. Se queremos um estado com mais igualdade é preciso ter nos próximos quatro anos planos diretores regionais de desenvolvimento", explicou Gomide.

O governadoriável disse também que a segurança, saúde e educação são três pontos extremamente importantes que nestes próximos anos precisam receber investimentos para melhorar a qualidade de vida nas cidades. "Quero ter a oportunidade de fazer aquilo que falo, assim como fiz na cidade de Anápolis".

São demandas importantes da categoria e percebo que é justo. Até porque isso vai de encontro ao melhor atendimento das classes menos favorecidas. Quero ser um governador de mãos dadas com a OAB e com os advogados, sempre dialogando com o Poder Judiciário para criarmos as condições necessárias para que se possa fazer um projeto de lei visando buscar a solução. Tendo a oportunidade de ser governador poderemos dialogar com a Assembleia para podermos fazer este projeto de lei e a diminuição dos valores das custas seja uma realidade no Estado.

Percebo que hoje estamos em uma sociedade refém da criminalidade. Este é um problema nacional, mas que cada estado precisa buscar a solução. Tendo oportunidade de ser governador vou enfrentar este problema, primeiro buscando grandes projetos que deram certo. Hoje, Goiás é o 4º estado mais violento do Brasil. Não é um problema por acaso que está acontecendo é um problema estrutural. Percebo que o Estado não pode fugir da valorização e da contribuição no sentido de dar condições de trabalho ao policial civil e também fortalecer, por concurso público, o efetivo do policial militar.

Nós temos que adequar o que temos de orçamento e fazer a equação para que minimize os problemas, principalmente, da valorização de cada categoria. Hoje esta discussão de piso precisa ser em nível federal. Temos que trabalhar dentro de um plano de cargos e salários do Estado. Percebo que esta discussão precisa ser feita no início do governo, porque não dá para ficar discutindo quatro anos a regra que vamos trabalhar. Precisamos passar um plano de cargos e salários que seja condizente com o debate e esta regra estabelecida, no primeiro ano, possa servir para os quatro anos.

A princípio somos a favor, ou seja, apoiamos e entendemos que é justo, mas esta discussão é de nível nacional. Tendo a oportunidade de ser governador podemos fortalecer isso no Estado para podermos buscar soluções no Congresso. Eu acho que um governador junto com a Ordem fazendo com que isso realmente possa tomar voz tem outro caráter. São demandas específicas da categoria, e tendo um governador do lado pode fazer pleitos juntos no Congresso Nacional para também em nível nacional lutar para que isso se torne regra geral, inclusive, na constituição. 

Primeiro vamos buscar junto à procuradoria a atualizar destes valores da Unidade de Honorários Dativos (UHD). Acho que podemos ir aproximando do valor ideal, mas já de início podemos abrir este diálogo para melhorar e atualizar os valores. Além de fazer com que isso se torne uma escala para que possa diminuir a defasagem dos últimos anos. O compromisso que nós temos é de poder apresentar um plano junto a Ordem e fazer com que esta unidade possa ter uma regra de atualização anual para que o próprio advogado possa saber aquilo que está sendo feito.

Não houve capacidade de investimento, de planejamento e o selo pela empresa pública chamada Celg. Esta é a realidade. Hoje, a Eletrobrás está sendo a tábua de salvação de Goiás na parte de energia elétrica. Percebo que o que precisamos fazer neste momento é dar transparência e fazer um plano de trabalho onde os cidadãos possam verdadeiramente saber para onde está indo o dinheiro destinado a Goiás, para fazer os investimentos, as extensões e melhorar a energia elétrica no Estado. Porque não adianta só vir o recurso se não tiver um plano de trabalho e transparência nas aplicações. Sendo governador quero resgatar as centrais elétricas de Goiás. É importante que nestes próximos anos tenhamos um selo em tentar recuperar e resgatar a valorização desta empresa pública tão importante que gera renda, emprego e dá qualidade de vida ao povo goiano que é a Celg.

Fonte: Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO