A subseção de Crixás da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), sob a presidência do advogado Rumennigge Pires Dietz, conta com diversos objetivos e projetos para o triênio 2022-2024. A 310 km de distância da capital goiana, o município possui 104 advogados e advogadas inscritos na subseção, profissionais que Rumennigge pretende oferecer conforto e comodidade na futura sede da OAB Crixás.
A construção da sede, inclusive, é a maior prioridade da gestão do presidente Rumennigge. A obra, que já foi iniciada, está sendo feita com base no projeto da sede da subseção de Rubiataba. “A primeira etapa da construção está prestes a ser finalizada. Estamos dependendo do que vamos conseguir arrecadar de recurso financeiro. A obra está bem adiantada, mas tudo ainda é muito relativo”, explica o advogado.
Desafios
Na visão de Rumennigge, houve uma certa valorização da advocacia após a pandemia da Covid-19. Isso porque, segundo ele, “o cidadão comum passou a enxergar a essencialidade do advogado”. No entanto, embora reconheça os benefícios conquistados nesta fase, o presidente relata que com a adoção de audiências por videoconferência e outras alterações na rotina da profissão, o advogado sênior começou a passar por dificuldades para exercer o seu ofício.
Paralelo a isso, o presidente afirma que após esse período o relacionamento com os demais atores do sistema de Justiça em Crixás passou a ser mais difícil. “É preciso evoluir. O relacionamento é muito distante do advogado. Juiz agora só pela tela do computador e o promotor é substituto, por exemplo. Não temos o que reclamar em termos de produtividade, mas precisamos buscar meios de encurtar a distância física”, reforça Rumennigge.
“Eu prefiro audiências por videoconferência, mas os advogados mais antigos querem audiência presencial. Aqui em Crixás, os advogados mais velhos têm dificuldade de acessar um computador e ingressar em uma audiência por links. São coisas que, para a gente que cresceu em uma geração mais adaptada a essas modernidades, é fácil, mas o advogado mais antigo não consegue. Eles têm dificuldade em peticionar, em protocolar”, explica o presidente.
Advocacia interiorana
Rumennigge Dietz entende que a advocacia do interior, sobretudo na subseção de Crixás, se difere em diversos pontos da advocacia da capital. O acesso a benefícios da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag), explica, normalmente se restringem aos profissionais de Goiânia ou dos grandes centros, como Aparecida de Goiânia e Anápolis.
“Eu entendo que a OAB está trabalhando na base: estão trabalhando agora para colher bons frutos no futuro. Muita coisa está sendo feita hoje pela OAB, junto ao Poder Judiciário, ao Governo do Estado, a outras instituições, para que frutos sejam colhidos no futuro. É um projeto a longo prazo, mas o advogado do interior não consegue enxergar isso, tendo em vista suas necessidades pontuais”, lamenta.