A greve que paralisou o Judiciário goiano chegou ao fim, depois de 60 dias, na tarde de segunda-feira (21). A presidente do Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de Goiás (Sindjustiça), Rosângela Alencar, credita ao presidente do Conselho Seccional da OAB-GO, Henrique Tibúrcio, o papel de interlocutor da categoria. O resultado foi uma relação harmoniosa com a advocacia. O diálogo proposto por Tibúrcio pôs fim ao movimento e restabeleceu a volta ao trabalho.
Servidores e serventuários não tiveram todas as suas reivindicações atendidas. Por que resolveram suspender a greve?
Paramos a greve porque não tínhamos mais o que discutir com esse presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. Em abril, temos pré-agendada nova assembléia. Diante da dificuldade de negociação com o presidente do TJ-GO, que fechou as portas, alegando que não tinha orçamento e prometendo plano de cargos e salários, o Sindjustiça entendeu que não daria mais para manter o movimento nesse primeiro momento. Os funcionários já estavam todos desgastados, além dos advogados e sociedade.
O movimento continuará buscando diálogo com o atual presidente ou aguardará a posse do próximo, no início de 2012?
O movimento não para. Continua conversando com o desembargador Vítor Barboza Lenza, mesmo porque fez proposta interessante de reestruturação da carreira dos servidores do Judiciário. Estamos aguardando e acreditando que ele vote até 30 de novembro, mas depositamos esperanças no futuro presidente. Nossa vida é sempre esperar o próximo.
Como a categoria avalia a atuação do presidente da seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil, Henrique Tibúrcio?
A OAB-GO participou juntamente com o Sindjustiça. Para nós, foi conquista grande. Nunca na nossa história de servidores tivemos um presidente da OAB tão próximo de nós, nos ajudando e intercedendo junto ao governo também.
O que os advogados podem fazer para manter a relação harmoniosa estabelecida entre advocacia e servidores e serventuários da Justiça do Estado de Goiás?
É importante que OAB-GO permaneça junto aos servidores e que cobre do governo e do Judiciário e que advogados entendam nossa situação. Trabalhamos juntos. Advogados dependem do nosso trabalho e nós dependemos deles também.
Que importância os apelos da OAB-GO tiveram para o fim da greve?
Nesse momento de paralisação, Tibúrcio esteve muito presente e muito próximo. O que não conseguimos com a administração do Tribunal de Justiça, Tibúrcio chegou, se ofereceu, conseguiu acesso ao executivo e está intermediando encontro com o governador Marconi Perillo.
De que forma a OAB-GO poderá continuar a interlocução?
O Sindjustiça só tem a agradecer a Henrique Tibúrcio a atenção e o respeito. Precisamos muito da OAB-GO ainda, porque foi a instituição que nos estendeu as mãos e está nos acompanhando.
Qual é a posição do Sindjustiça acerca da redução do horário do TJ-GO?
O que o Judiciário deveria fazer onde há efetivo de funcionários suficientes, já que defendemos jornada de trabalho, são dois turnos de sete horas. Somente assim não atrapalha o trabalho da OAB-GO, que tem sentido muito, e também não desagradaria os servidores.
Fonte: Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO