Mês da advocacia: conheça o trabalho da conselheira seccional Danielle Parreira Belo Brito

– Como foi sua trajetória profissional na advocacia até chegar aqui como conselheiro(a) seccional da OAB-GO?

Com trinta anos de advocacia plena, sempre no mesmo lugar que escolhi para iniciar minha trajetória, ainda como estagiária, seguindo sempre a justiça especializada que envolve o direito do trabalho. Até aqui foram incontáveis desafios, seja de ordem pessoal e profissional, mas a OAB sempre foi minha melhor referência. 

Ouso dizer que desses trinta anos me afastei da Ordem por pouco mais de 8 anos, seja em razão do nascimento do meu único filho, seja porque tive problemas de saúde com meu marido e ainda desafiei minha própria história para disputar ao cargo de desembargadora federal do TRT18. O restante, estive sempre presente, integrando comissões, inclusive em diretorias, e ainda acompanhando meu esposo, hoje aposentado na Ordem por invalidez (doença), o que muito me orgulha. Por ele, empregado da OAB comemoramos nossas bodas de casamento no salão social do edifício-sede da OAB lá em 1998. Quanta honra e alegria. Meu primeiro contato com a OAB foi ainda na década de noventa, quando, estagiária de Ana Maria Moraes, vice-presidente da Ordem e presidente interina após o falecimento do saudoso Eli Alves Forte.

Ana Maria, a primeira importante mulher da OAB, se afastou por problemas de saúde quando então persisti, sozinha, até que me tornei Diretora Adjunta da CASAG em 2007 – também única mulher a integrar aquela diretoria. Já em meados de 2012/2014 disputei a lista sêxtupla para a vaga de Desembargador (a) Federal do Trt18, pelo quinto Constitucional da advocacia. Aprendi ao longo desses anos que, entregarmos à política classista só aumenta, completa e supre lacunas. Ao seguir nesse pleito à tão almejada vaga de Desembargadora federal, enfrentando as dificuldades da absoluta inexistência da paridade (prossegui por todo o pleito como única mulher eleita desde a lista sêxtupla), e ainda tendo chegado à Presidência da República como desafiante e com poucas conquistas e apoios, mas também não só como mera coadjuvante, fiquei mais impulsionada a permear a vida classista.

Hoje no conselho seccional; chegando com a cautela necessária de quem já estava afastada do sistema há mais de 10 anos, brindo a cada encontro do conselho, sem falsa modéstia. Essa é minha trajetória, simples, sútil e honesta, na certeza de que a política classista pulsa nas minhas veias. Estou sim, intimamente ligada a todo esse sistema.

– Como você tem contribuído no Conselho Seccional para impulsionar a advocacia?

Tenho contribuído no conselho com muita cautela, respeito e comprometimento. Seja como relatora ou nos debates da seção. Sigo cumprindo com todos os prazos e despachos a mim confiados no Pleno, Câmara e Comissões;Atendendo aos compromissos assumidos, participando quando necessário dos debates, especialmente nas seções do conselho designada e realizada sempre pontualmente pelo presidente Rafael Lara e seus parceiros na diretoria e na Câmara, na condução da presidente Talita.

Sempre despachando e decidindo com segurança os processos a mim confiados e distribuídos para relatar. Meu objetivo é realizar de forma compartilhada a melhor versão para a defesa do devido processo legal em todas as esferas e instâncias.


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