A manhã do segundo dia do IV Congresso de Inovação e Gestão Jurídica trouxe à pauta discussões sobre marketing jurídico e o Provimento nº 205/21; a importância da inclusão e da diversidade de pensamento para um negócio; advocacia no metaverso, entre outros. O evento começou na quinta-feira (15) e encerra suas atividades no fim desta sexta-feira (16/09) no Auditório Eli Alves Forte da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO).
O Congresso traz palestrantes renomados e especialistas nas áreas de inovação, tecnologia e gestão jurídica. No primeiro período, o evento começou com o painel Provimento nº 205/21 e os avanços do Marketing Jurídico, com palestras de Gabriella Fornells (Sócia DNA Consulting), Alexandre Motta (Sócio-diretor Grupo Inrise) e Danilo Baliza (Presidente de Ética da subseção da OAB Anápolis e sócio da Lopes Baliza Advogados).
Alexandre Motta explicou os conceitos do marketing para a realização de uma estratégia bem estruturada. “É um passo atrás porque muitas pessoas leem o Provimento e não entendem os conceitos que fazem sentido dentro dele”, resumiu. Gabriella Fornells mostrou os avanços da normativa e desmistificou o receio da advocacia de investir nas ferramentas de marketing. “O provimento traz um enorme avanço e abre portas para ferramentas digitais para que a advocacia invista em estratégia para fazer o posicionamento e ter uma atuação forte no mercado”, avaliou.
Danilo Baliza abordou o papel do advogado na sociedade e como o mercado exige postura ética do profissional. “Meu objetivo é apresentar a diferenciação do profissionalismo e do mercantilismo, aí sim uma violação ética. A despeito da necessidade de colocação no mercado, é preciso cumprir as regras da advocacia, o provimento e o Código de Ética”, frisou.
Tecnologia e rotina Jurídica
No segundo painel, o tema em debate foi “Legal Operations (Ops) e Controladoria Jurídica: Aplicações na Rotina Jurídica”, com palestras de Tatiana Rodrigues (Consultora e proprietária da empresa de consultoria Tatiana Rodrigues), Marcela Campos (Consultora em Gestão Jurídica) e Magno Alves (Gerente de BPO-LAB da Benner Sistemas).
Tatiana Rodrigues abordou a diferença entre controladoria jurídica e Legal Ops na prática. Já a consultora Marcela Campos trouxe as vantagens de se ter tanto o Legal Ops quanto a controladoria jurídica implantados e de que forma isso pode ser aplicado em escritórios. Magno Alves, por sua vez, falou sobre tecnologia, o sistema de gestão ERP e como a utilização dele pode impactar e auxiliar o advogado que atua em escritório ou departamento jurídico a prestar melhor serviço e trazer eficiência para o cliente.
Diversidade e metaverso
Nas últimas palestras da manhã, o público teve contato com os temas “Alavancando o seu negócio através da inclusão e do poder revolucionário da diversidade de pensamento”; “Advocacia no Metaverso: como construir experiências únicas para seus clientes” e Carreira e Desafios das profissões jurídicas.
O advogado Fabiano Machado da Rosa (Sócio fundador da PMR Advocacia) trouxe reflexões sobre a relação da diversidade com o crescimento profissional. Para ele, a diversidade permite uma entrega mais aprimorada de resultados. “Encare a diversidade como oportunidade e como alavanca. Pensar em inovação sem pensar na diversidade do time que trabalha com você faz com que você não compreenda que precisa ter uma visão mais ampla dos clientes, do mercado e das oportunidades”, afirmou.
Já o metaverso e sua relação com a advocacia traz oportunidades de prospecção de clientes e de crescimento profissional, considerou o coordenador geral da Rede IPE Lab da UFG, Pedro Henrique Gonçalves. “[O metaverso] é um mundo novo e as leis ainda estão sendo criadas lá dentro. A advocacia vai ter papel fundamental de dar qualidade social nesses espaços”, avaliou.
Encerrando a programação matutina, o conselheiro estadual da OAB-SP, Afonso Paciléo, falou sobre os três principais obstáculos que atrapalham o desenvolvimento de uma carreira jurídica. Ele os classifica em pessoais, ambientais e aqueles que não se têm controle. “É preciso trabalhar aqueles obstáculos que mexem com a mente. Temos um mercado com 1,4 milhão de advogados e é preciso se diferenciar. Para isso é preciso se arriscar, pensar diferente e meu grande ponto é transformar advogados comuns em advogados empreendedores”.
