Foi dado início, na noite desta quinta-feira (10/03), a 43ª edição do Colégio Estadual de Presidentes de Subseções, em Goiânia. A abertura foi realizada no Auditório Eli Alves Forte, na seccional goiana, com a presença de presidentes de subseções, conselheiros federais e seccionais, representantes do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), e advogados.
“Este é o maior colégio da história da OAB Goiás”, celebrou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO), Rafael Lara Martins, no discurso de abertura. Ele falou sobre objetivos da atual gestão: combate ao aviltamento dos honorários; redução das custas judiciais; valorização dos honorários; defesa das prerrogativas; e oferta de infraestrutura para o trabalho por meio de um dos grandes projetos que temos para o triênio.
“O trabalho será pesado. Teremos pela frente uma pauta extensa e diversificada. Mas tenho certeza de que chegaremos em soluções harmônicas, dirigidas por um diálogo franco, respeitoso e amigável”, acredita.
Ele também assegurou que o Colégio de Presidentes tem repercussão que extrapola os muros da advocacia. “Ao definir ações de interesse profissional, estamos defendendo, também, os direitos dos cidadãos e cidadãs”, apontou. “Reconheço o esforço individual de saírem de suas subseções, de suas obrigações diárias, familiares e profissionais, pegarem estrada para se dedicarem por dois dias ao planejamento necessário para o fortalecimento de nossa instituição e de nossa carreira profissional”, aplaudiu.
A oradora da cerimônia de abertura do 43º Colégio de Presidentes das subseções foi a presidente Thais Inácia, de São Luís de Montes Belos. Ela declarou que a maior responsabilidade do evento será de falar sobre gestão. “Tivemos que mudar a nossa forma de trabalhar. Coube a nós gerir a OAB em tempo que muitos da advocacia não tinha nem condição de se manter”.
Ela fez uma reflexão sobre os desafios para os debates do Colégio. “Cabe a nós a sabedoria de separar aquilo que é do advogado e aquilo que é da advocacia. Temos a missão de elevar a advocacia do interior do Estado”.
Já o presidente da Caixa de Assistência do Advogado (Casag), Jacó Coelho, discursou sobre a grande responsabilidade e oportunidade, neste colégio, de poder refletir, debater e construir caminhos que impulsionarão a advocacia. “Esta nobre profissão é talhada na luta pela Justiça e pela democracia e no combate ao autoritarismo”.
No discurso, Jacó afirmou que os próximos três anos serão “dedicados para dar atenção, ouvir, acolher e, sobretudo, ser a casa da assistência da advocacia, em sua mais verdadeira acepção”. Ele também assegurou que as portas da Caixa estarão abertas para todos. “Estamos juntos nesta empreitada de elevar a advocacia de Goiás a patamares ainda mais relevantes para a salvaguarda da cidadania, da constituição, da sociedade e da justiça”.
Qualificação
O vice-presidente executivo da Escola Superior da Advocacia (ESA), Carlos André, representou a diretora-presidente Antonia Chaveiro, no ato. No discurso, falou sobre “a evolução da escola ao longo dos últimos anos”. Declarou também sobre os novos projetos que serão executados nesta gestão. “Estamos há três semanas em reuniões extensas para a produção de um planejamento estratégicos nos próximos três anos. É um projeto que gerará um salto qualitativo”, celebrou.
Carlos André revelou que a ESA terá cursos de gestão e inovação. “Serão vários cursos para desenvolver habilidades aos advogados. Cursos que serão perenes, de extensão e, principalmente com metodologia de sala de aula invertida, ou seja, com prática”, disse. Por fim, ele falou sobre os últimos dois pilares que serão lançados. “Será feito cursos de humanidades, como oratórias, antropologia jurídica e sociologia”, citou como exemplos. O outro pilar será um curso jurídico de stricto sensu.
A presidente do Tribunal de Ética e Disciplina (TED), Ludmila Torres, discursou sobre o novo momento do tribunal. “Não vamos frear a advocacia, mas sim servir como combustível”, disse. Ela declarou sobre a importância da evolução no TED e ser respeitado pela sociedade. “Nunca vamos nos afastar do nosso papel de garantir a prática da advocacia ética. É assim que vamos trabalhar com os 98 juízes desta Casa”, reforçou.
Ela, por fim, enfatizou que o TED irá avançar “para uma advocacia séria, respeitada e preparada”. “Estamos aqui para participar desta evolução”, falou. Ela declarou ainda que agora estão compostos como estrutura do tribunal 14 câmaras com sete julgadores. “Tenho certeza que somos reconhecidos. Estamos abertos para recebê-los, presidentes”.
Participaram da mesa diretiva: o vice-presidente Thales Jayme; secretária-geral Talita Hayasaki; secretária-geral adjunta Fernanda Terra; o diretor-tesoureiro Eduardo Cardoso Júnior; os conselheiros federais Lúcio Flávio de Paiva, David Soares e Layla Oliveira; o ex-presidente Enil Henrique; o presidente da subseção de Ceres, Luciano do Vale; o ouvidor-geral Victor Hugo Pelles; os desembargadores Anderson Máximo, Gutemberg Isac e Vicente de Paula.
Trabalhos
O fórum deliberativo reúne os presidentes das 57 subseções em Goiânia, para debater temas de relevância para a advocacia e sociedade. O encontro se estende até esta sexta-feira (11/3), quando será apresentada a Carta de Goiânia, com a síntese dos debates.
