"O Ministério Público Federal foi leviano e irresponsável". A afirmação é do diretor-tesoureiro da OAB Nacional, Miguel Cançado, que comentou decisão do MPF que arquivou denúncia contra ex-diretores da OAB-GO. Em 2007, membros da diretoria e integrantes da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da Seccional foram acusados de fraudar o certame.
Passados cinco anos, o MPF pediu arquivamento da denúncia contra Eládio Augusto Amorim Mesquita (na época, presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da Seccional), Pedro Paulo Guerra de Medeiros (vice-presidente da Comissão) e João Bezerra Cavalcante (que, em 2007, era diretor-tesoureiro da Seccional) por não haver "justa causa para ação penal e nem outras diligências que possam desvendar os supostos crimes". O próprio MPF, que ofereceu denúncia contra estas pessoas na época, afirmou que "a PF não reuniu provas suficientes que permitissem apontar casos de fraude, identificar os beneficiários e descrever o modus operandi".
Para Miguel Cançado, na época presidente da Seccional, "O MPF foi leviano e irresponsável ao imputar crimes e atos a pessoas, contra as quais não havia nenhuma comprovação". O atual diretor do Conselho Federal lembra que a denúncia causou sofrimento aos familiares dos acusados. "Pessoas foram expostas de forma irresponsável e a atitude do MPF causou sofrimento não só a elas, como também a seus familiares e amigos".
Fonte: site do Conselho Federal da OAB