“Com a participação paritária, de equidade, dos negros, das advogadas negras, a forma da discussão será diferente, a OAB ganhará ainda mais legitimidade para participar do debate nacional”, analisou a conselheira federal, Valentina Jungmann, em entrevista à ConJur.
Ela falou sobre a decisão do Conselho Federal em implementar a paridade de gênero, em que metade das chapas que disputam as eleições de todo o sistema da OAB, já a partir de 21 de novembro, deverão ser compostos por 50% de mulheres.
“Sem dúvida, a representação numérica igualitária e paritária torna os espaços políticos mais democráticos, harmonizando as diferenças”. “Mesmo representando quase metade dos inscritos na OAB, não ocupamos sequer 30% dos cargos de direção e de decisão do Sistema OAB”, continua.
Na entrevista, ela destaca também o caráter coletivo da construção da proposta, que teve a participação de integrantes da comissão nacional da Mulher Advogada, de outras conselheiras federais e de mulheres advogadas de outras entidades.
Além da paridade de gênero, os conselheiros também aprovaram a aplicação imediata de cota racial de 30% nas eleições. O percentual definido valerá pelo período de dez eleições e já passa a contemplar também as subseções da entidade. Caso a subseção não consiga cumprir o determinado, deverá informar a Comissão Eleitoral.